Livro Existencialismo e um Humanismo

Contra as ideias do livro de Sartre “O Existencialismo é um Humanismo”
Humanismo é a doutrina segundo a qual o homem, do ponto de vista moral, deve ligar-se exclusivamente àquilo que é de ordem humana. De maneira mais ampla, o Humanismo é um “antropocentrismo refletido que, partindo da consciência do homem, tem por objetivo a valorização do homem”. Segundo Philippe Monnier, Humanista não é só o homem que conhece os antigos e neles se inspira; é aquele que está de tal modo fascinado pelo seu prestígio que os copia, os imita, adota seus modelos, os seus exemplos, os seus deuses, o seu espírito e sua língua. Historicamente, o Humanismo projeta-se em uma época de profundas transformações socias – o desenvolvimento do comércio, o surgimento da burguesia e das cidades, a aliança entre o rei e a burguesia, a invenção da imprensa, a divulgação da cultura clássica e as grandes navegações. É importante ressaltar que a revolução ideológica representada pelo movimento humanista não se dá fora do cristianismo; o pensador mais influente dessa época foi o padre agostiniano, Erasmo de Roterdã.
Já o Existencialismo de Sartre é ateu, pois afirma que o homem não foi criado por Deus, no sentido de que não possui elementos que indiquem uma natureza prévia, ou uma essência. É o esforço de dizer ao sujeito que o que ele é depende somente de como ele viverá sua própria vida, assim defende que a vida humana é feita a partir das ações e escolhas que cada ser humano realiza justamente como outros homens, ou seja, a vida do homem é um projeto que se realiza em plena liberdade. A filosofia de Sartre foi influenciada pela fenomenologia de Husserl, que é a ciência da experiência da consciência. Segundo Husserl, era preciso “voltar às coisas mesmas”: perceber como se realiza a relação da consciência com os objetos independentemente de qualquer construção linguística, metafísica ou teórica anterior. Assim, por meio do exame da consciência, Sartre encontra a liberdade.
Sartre parte da