livro brincar
Fazendo ligaçoes com a historia de Alice no país das maravilhas, a autora busca estabelecer relações com o processo de aprendizagem da criança.
A infância pode ser definida pela fase em que se vive de uma forma inconsciente das leis da realidade, estágio este é rompido quando nos tornamos adultos.
O texto destaca a importância do brincar para o desenvolvimento dos aspectos da subjetividade, confrontados com a realidade da criança. Mas isso não acontece de uma hora para outra, o brincar nada mais é do que um processo que abre caminho ao brincar simbólico, o que possibilita a separação e o reconhecimento do sujeito e do objeto.
É preciso distinguir, porém, as diferenças existentes entre o brincar e a brincadeira.
O brincar é uma experiência criativa, enquanto a brincadeira se relaciona com a atividade em si, independente da criança que brinca. Ela pode estar envolvida na brincadeira, mas não estar efetivamente brincando.
Quanto ao desenvolvimento da capacidade de utilizar os objetos, esta depende da possibilidade afetiva da criança, e neste contexto a participação do outro na interação é indispensável. O grande questionamento que a autora lança aos leitores é o fato de se na condição de educadores, podemos brincar em sala de aula, conciliando ao mesmo tempo a ordem e uma vivencia que fuja um pouco dessas “normas”?
A grande maioria das escolas se constitui de forma tradicional, obedecendo a determinada organização hierárquica, assim como seu formato dita as regras de seu funcionamento. Independente da sua estrutura, a escola deve ser um espaço de construção, de criação de possibilidades tanto para o aluno quanto para o professor.
Tomando como ponto de partida que o brincar não é da mesma natureza do