Livro amor líquido - resenha
Pedro Luiz Cavalcanti Xavier
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA
Amor líquido: incerto, frágil, volátil.
A obra do sociólogo Zygmunt Bauman expõe, de maneira muito intensa, uma viagem sobre os dilemas que o homem enfrenta ao se relacionar nos dias atuais, mostrando-os nas mais diversas áreas. O livro apresenta uma linguagem sofisticada, o que exige mais tempo e reflexão. Pode-se comparar o que o autor propõe com o cotidiano, mas é preciso um certo grau de desprendimento para se colocar nas situações propostas e aceitá-las como plausíveis. As opiniões destacadas nessa obra podem chocar o leitor e até mesmo fazê-lo discordar dada a profundidade a que chegam e é por isso que ele precisa estar disposto a fazer essa viagem intensa sem preconceitos, mas pronto a conhecer um ponto de vista mais apurado sobre o comportamento da sociedade moderna. Amor líquido. Num primeiro momento pode-se até pensar que seja o amor puro, límpido, desprovido dos demais agregados que se pode acrescentar, mas nessa obra trata-se de uma expressão que quer dizer algo bem diferente. Refere-se a um amor inconstante, ou volátil, ou descartável ou até mesmo avesso ao formato tradicional. Um tema de certa forma plausível, nada de fantástico ou fantasioso, mas certamente cuja discussão leva o leitor a um questionamento por demais intenso e extenso. Trata-se de uma temática que a todos interessa, mas que não é encarado com o desprendimento necessário. Ainda mais em se tratando dos dias atuais em que a internet coloca a todos com uma proximidade jamais vista: tão perto, mas ao mesmo tempo tão distante. Tal proximidade está associada a uma impessoalidade que converte o calor do contato humano a mera leitura de algumas linhas digitadas, informações trocadas numa velocidade que não permite respirar nem dá chance de reavaliação, de repente “enviou-se a