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A Obsolescência dos Sistemas de Contabilidade Gerencial
VISITAS, publicações atuais e numerosas conversações’ revelam as seguintes características dos sistemas de contabilidade gerencial comuns nos anos 80. Na maior parte, as companhias continuam utilizando os mesmos sistemas de vinte ou trinta anos atrás. Ainda que os sistemas estejam instalados e rodando em computadores, poucos revelam diferenças na filosofia de sua concepção que reflitam a maior potência computacional dos computadores digitais. Pode ser que há vinte anos, quando o pessoal dos Sistemas de Informações Gerenciais ou dos computadores percorreu pela primeira vez a fábrica, recém-vitorioso na automação dos sistemas financeiros — folha de pagamentos, contas a receber e contas a pagar — tenha automatizado, com poucas mudanças, os sistemas manuais ou eletromecânicos com que deparou.
Porque os sistemas da geração dos anos 50 eram operados manual-mente ou através de máquinas mecânicas de cartões perfurados, de limitado poder de processamento, os sistemas de custos incorporavam várias suposições simplificadoras. Os custos de despesas gerais eram combinados em grandes pools de despesas gerais, com freqüência abrangendo toda a fábrica. Tais pools de despesas gerais eram então distribuídos por centros de custos, de diferentes maneiras. Algumas fábricas simplesmente distribuíam todos os custos diretamente a centros de custos, com base nas horas ou dólares de mão-de-obra direta estimados. Outras agiam de um modo mais científico. Para cada pool de despesas gerais, escolhiam um parâmetro de distribuição do pool aos centros de custo individuais. Por exemplo, despesas dos prédios, como depreciação, imposto predial, seguros, serviços públicos (calefação, luz) e manutenção eram distribuídos pela área (por exemplo, metros quadrados ocupados por cada centro de custos); eletricidade pela capacidade mecânica medida; mão-de-obra indireta pela mão-de-obra direta; manutenção de equipamentos talvez