Livro 2
Uma ação, para ser racional, deve ser o resultado de três decisões ótimas. Primeiro, deve ser o melhor modo de realizar o desejo de uma pessoa, dadas suas crenças. Depois, essas crenças devem ser elas mesmas ótimas, dadas as evidências disponíveis à pessoa. Finalmente, a pessoa deve reunir uma quantidade ótima de evidência – nem demais nem de menos. Essa quantidade depende tanto de seus desejos – da importância que atribui à decisão – como de suas crenças relativas aos custos e benefícios de reunir mais informação.
A teoria da escolha racional pode falhar através da indeterminação. Em geral há duas formas de indeterminação. Pode haver diversas ações que sejam igual e otimamente boas. Ou pode não haver nenhuma ação que seja ao menos tão boa como todas as demais. Se há várias ações entre as quais nenhuma é melhor, posso ser incapaz de dizer qual delas prefiro e também incapaz de dizer que elas são igualmente boas. Isso é incomensurabilidade, não indiferença. Decisões importantes com freqüência envolvem opções incomensuráveis. O que acontece com freqüência em tais casos é que considerações periféricas se movem para o centro. Em minha ignorância a respeito da primeira casa decimal, se minha vida será melhor como advogado ou engenheiro, eu me volto para a segunda.
As crenças são indeterminadas quando a evidência é insuficiente para justificar um julgamento sobre a probabilidade dos vários resultados da ação. Isso pode acontecer de duas maneiras principais: através da incerteza, especialmente sobre o futuro, e através da interação estratégica. Cada empresa deve investir