LIVRE COM RCIO CULTURA
JOÃO MARCO TAVARES
DESIGN 2014.2
LIVRO: A CONVENIÊNCIA DA CULTURA
CAPÍTULO 8.1
LIVRE-COMÉRCIO E CULTURA
Até onde vai a liberdade de um cidadão ao estar dominado por um estado que adotou um regime liberal e capitalista, diante de todas as suas contradições?
Desde o início do século XX há um grande debate acerca da definição e do tratamento dos bens culturais expresso, principalmente, na oposição entre os adeptos da “Exceção
Cultural” e do “Livre câmbio”. Intensificado nos anos 90, com o processo de globalização, tal disputa envolveu uma gama de países distintos com posições e interesses conflitantes.
A função do Estado capitalista, em tese, é assegurar o funcionamento livre dos mecanismos de mercado, intervindo apenas para garantir a segurança e a propriedade dos indivíduos. Intervenções econômicas somente vêm a ser admitidas após uma mitigação do pensamento liberal clássico, surgindo o modelo de Estado neoliberalista, que busca corrigir as distorções do sistema economico capitalista, bem como a expansão das relações comerciais internas para a um nível globalizado. Após a crise ecônomica mundial, foi criado um pseudo livre comercio entre as nações. Mas por trás do discurso da ampla liberdade de comercio globalizado, existe uma prática de grande intervenção econômica por parte dos países ricos, com intuito protecionista, mediante altas taxas alfandegárias e acordos de comércio que resultam no endividamento dos países do hemisfério sul.
O livre comércio, a rigor, significa o fim de barreiras alfandegárias, permitindo-se a integração econômica mundial.
Em contrapartida, também pode significar a redução do salário trabalhista, redução do apoio estatal a industria, menor preservação do meio ambiente e outros agravos sociais e econômicos. Essa liberdade de variedades de produtos por todo o mundo pode ter como conseqüência um maior alcance de uma nação. Pessoas consumiram produtos internacionais, sem serem atingidos por inflações, e