Liturgia pentecostal
Um dos campos onde o Pentecostalismo enfrenta mais problemas é na liturgia. Uns, adeptos de um sobrenaturalismo anti-bíblico só consideram o valor de um culto onde há manifestações de poder, seja humano ou supostamente divino. Outros, vêem um culto como um lugar de receber presentes celestiais, sendo pessoas que sempre levantam a mão quando um pregador diz: “quem veio receber uma bênção essa noite?” Há ainda aqueles que confundem culto com um programa de entretenimento, onde o espetáculo é a ordem que rege o momento de adoração.
Culto vem das palavras gregas latréia e proskyneo, portanto cultuar significa adorar, reverenciar, render homenagem etc. O culto é apresentado no Novo Testamento com alguns elementos para o sua direção. Os elementos do culto são a oração ( At 12.12; 16.16), a exposição da Palavra ( Rm 12.17; Hb 13.7 ), os cânticos ( I Co 14.26; Cl 3.16), a contribuição (I Co 16.12 ) e dons espirituais ( I Co 14.26-32).
Mas além da importância de conhecer os verdadeiros elementos de um culto é preciso refletir sobre a natureza dessa adoração prestada a Deus. Tanto para pentecostais, como para não-pentecostais é necessário refletir que:
01) O culto cristão é racional (Rm 12.1)
O culto de Deus é racional. Não há lógica os dirigentes de culto incentivarem uma reunião em que a mente não seja cultivada. Em muitos cultos há um reverência para a irracionalidade, pois os louvores nada dizem e são meros sons jogados ao vento, onde ninguém entende a nada da mensagem musical.
Os supostos arrebatamentos de sentidos além das glossolalias sem interpretações, fazem sentido em um culto racional? O culto anti-litúrgico, onde não há ordem e muito menos decência, condiz com um culto em que se usa a razão? As supostas “danças, caídas, sopros, pulos, cambalhotas, retetés... no espírito” se encaixam no culto que se deve cultivar a racionalidade?
Em Romanos 12.1, Paulo adverte a igreja para oferecer um culto logikos, que pode ser traduzido