Litoral norte da bahia: um estudo sócio-ambiental
Jaiane Santos Carneiro Josiana Silva Santos Borges Taíse dos Santos Alves1
Resumo: Os espaços litorâneos com grau de início de urbanização e área de potencial paisagístico são espaços de alta fragilidade. O aumento da ação antrópica gerou conseqüências devastadoras sobre os ecossistemas. As agressões ambientais são acontecimentos que influenciam no equilíbrio ecológico, podendo alterar profundamente um ecossistema e até possibilitar sua extinção. Essa analise descreve a atual condição física que o Litoral Norte baiano vem passando, por agressões freqüentes encontradas na área, sendo as principais: o desmatamento, as queimadas, a extração de areia, a ocupação desordenada do solo, a intensificação da pecuária, a pesca predatória com rede de malha fina, a degradação dos manguezais, o turismo predatório e o lixo nas Praias. Desse modo, o presente artigo tem caráter interdisciplinar, e objetivo discutir os processos históricos de uso e ocupação do Litoral Norte da Bahia, caracterizando os biomas presentes nessa área de estudo, problemas ambientais que lá ocorrem e assim destacar os projetos ambientais que são desenvolvidos nessa área fazer uma análise da relevância dos mesmos. Outro fator relevante desse artigo é caracterizar a Área de Proteção Ambiental - APA Litoral Norte criada pelo Decreto Estadual n°. 1.046, de 17/03/1992, abrangendo os municípios de Jandaíra, Esplanada, Conde, Entre Rios e Mata de São João. A APA apresenta 142.000 ha, sendo a segunda maior da Bahia. Sua criação foi fundamentada na necessidade de conservar e preservar os remanescentes da Mata Atlântica, associado aos manguezais, áreas estuarinas, restingas, dunas e lagoas. Além disso, com a implantação da Linha Verde, o processo de ocupação tornou-se intenso, juntamente com o turismo trazendo, assim, a necessidade de um plano de manejo para resguardar os recursos ambientais, ordenando o uso e ocupação do solo. Sobretudo o conceito de APA pela SNUC