Literatura
Trovadorismo
Foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa.
Período: Idade média;
Contexto histórico: Portugal em formação de um estado nacional;
Cantiga da ribeirinha por Paio Soares de Taveirós:
“Não existe no mundo alguém como eu enquanto eu viver, eu cá sofro de amor por vós, minha senhora, branca e vermelha, quereis que vos retrate (nos versos) quando eu a entrevi sem manto, em trajes íntimos.
Mau dia em que me levantei e que não a achei feia e, minha senhora, desde aquele dia eu passei a sofrer, ai!
E vós, filha de Don
Moniz e sabeis que eu não sou nobre.
Pois eu, minha senhora, nunca recebi nem receberei da senhora nenhuma prova de amor”.
Analise- Pelo o que se percebe, realmente, o amor medieval era bem platônico. Esse poema, exclusivamente, retrata da paixão por uma nobre. O eu lírico tem que se conformar com o fato de não ser nobre, portanto, tem que se conformar de que nunca a terá. Por isso, quando diz “Mao dia me levantey, que vus enton nom vi fea”, amaldiçoa o dia em que se apaixonou por D. Ribeirinha (sim, ela realmente existiu).
Amores eram muito manifestados nesses poemas. Os trovadores se sentiam “servos” de suas paixões, e, por isso, as exaltavam. Neste poema, a palavra “señor” representa isso. Representa uma relação de “vassalagem” com a dama, assim como os senhores feudais faziam com os reis.
Esta é apenas mais uma das diversas cantigas que o Trovadorismo nos apresenta. E, para mim, no ramo de “cantigas de amor”, é a que mais mostra o significado dessa escola literária.
Cantigas
De amor- o eu lírico retrata todas as qualidades da mulher e se coloca em uma posição inferior a ela, em uma relação de vassalagem. Representa o amor platônico, o amor não correspondido. Um dos exemplos para este tipo de cantiga seria a mais antiga delas: a Cantiga da Ribeirinha.
Outro exemplo: “Senhora minha, desde que vos vi, lutei para ocultar esta paixão que me tomou inteiro o coração; mas não