Literatura

Você vai ler o conto “A mensagem” (clique aqui) e o ensaio “A fantástica verdade de Clarice” e pensar , e escrever sobre essa “verdade” que a literatura veicula, essa “mensagem” que o texto literário nos traz. Ao fazer isso, você estará refletindo sobre a própria condição da literatura e, por extensão, da arte contemporânea, em relação às verdades que deve, pode, tenta, recusa trazer. Vamos pensar, minha gente! Depois de tanto pensar, escreva um texto de pelo menos vinte linhas fazendo seu comentário, dando sua opinião sobre essa arte contemporânea. Após as leituras feitas acerca do conto “A mensagem”, de Clarice Lispector, e o ensaio “A fantástica verdade de Clarice”, de Leila Perrone-Moisés, compreendi que a “verdade” veiculada pela literatura costitui-se numa busca cujo resultado é extremamente imprevisível e permeada por muita subjetividade. Para o psicanalista Lacan, a verdade é experimental, porém, não definível:”Não temos nenhuma noção do que é a verdade, e é nisto que o inconsciente consiste”. Ela é materialização intransitiva do significante ao significador”, ela é o inconsciente, o próprio real. Ela não pode ser dita toda na linguagem, pois o inconsciente não fornece nenhum código utilizável com vistas a um saber, mas ele é depósito, aluvião da linguagem”. Assim sendo, não há como se extrair da literatura uma “verdade” absoluta, inquestionável, haja visto que o próprio texto literário traz em sua essência essa flexibilidade, que permite ao leitor uma interação por meio da qual poderá fazer seus julgamentos, independentemente do que pensa o autor da obra. Como todo os grandes escritores , Clarice Lispector não tem um conhecimento da verdade, “mas um saber, isso sim, aos montes, até não saber o que dele fazer, de encher os armários” – e as casas. Quanto à mensagem que muitos buscam ao ler um texto literário, da mesma forma que a verdade, como foi comentada anteriormente, é praticamente impossível extrairmos