Literatura O corti o
Este trabalho tem como objetivo analisar a obra clássica da literatura brasileira “O cortiço”, que é um romance de autoria de Aluísio Azevedo que foi publicado em 1890. A obra é o romance mais exemplar da estética realista-naturalista. Nele, pode-se perceber com clareza a visão que os naturalistas tinham das reações sociais no desejo de enriquecimento que toma João Romão, e ainda a imagem que os naturalistas faziam das relações pessoais no envolvimento amoroso entre Jerônimo e Rita Baiana.
2 BREVE BIOGRAFIA DO AUTOR
Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão em 1857 e morreu em Buenos Aires, Argentina, em 1913. Foi escritor, jornalista, crítico, dramaturgo, diplomata e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Na sua carreira literária, podemos distinguir duas posições estéticas simultâneas: de um lado, os romances românticos, que o próprio autor chamava de “comerciais”, destinados a alimentar jornais e a agradar a um público acostumado aos sentimentalismos e as extravagâncias da moda; de outro, romances “artísticos”, nos quais o autor adere o espírito naturalista, produzindo verdadeiras obras-primas. À linha folhetinista pertencem Memórias de um condenado, Girândola dos amores, Filomena Borges, entre outros. À linha artística pertencem os romances maiores de Aluísio: O mulato, Casa de pensão e O cortiço. Ele escreveu também O Coruja, O homem e o Livro de uma sogra.
3 ENREDO
O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso. Em oposição a João Romão, surge à figura de Miranda, o comerciante bem estabelecido que cria uma disputa acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que deseja comprar para