literatura e sociedade
Joaquim Nabuco
Fundador da Cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras.
Foi diplomata, político, orador, poeta e memorialista. Além de "O Abolicionismo", "Minha Formação" figura como uma importante obra de memórias, onde se percebe o paradoxo de quem foi educado por uma família escravocrata, mas optou pela luta em favor dos escravos.
Nabuco diz sentir "saudade do escravo" pela generosidade deles, num contraponto ao egoísmo do senhor. "A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil", sentenciou.
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, tomando assento na cadeira que tem por patrono Maciel Monteiro. Entre os imortais, manteve uma grande amizade com o escritor Machado de Assis, que mantinha até mesmo um retrato de Nabuco pendurado na parede de sua residência, e com quem costumava trocar correspondências, que acabaram publicadas. É homenageado em várias cidades do Brasil com nomes de ruas, avenidas e praças, além da Fundação Joaquim Nabuco no Recife.
Biografia
Joaquim Nabuco nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de agosto de 1849. De família ilustre, pai, avô e bisavô foram Senadores do Império. Filho de José Tomás Nabuco de Araújo e Ana Benigna Nabuco de Araújo. Viveu seus primeiros oito anos com os padrinhos Joaquim Aurélio de Carvalho e Ana Falcão de Carvalho, no Engenho Massangana, no município do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco.
Sua vida foi profundamente marcada pelo contato direto com os escravos da casa grande e do campo, o que o levou, muito cedo, a compreender a crueldade e a iniquidade da escravidão.
Em 1857, vai para o Rio de janeiro, e é marcado pelos ideais políticos do pai. Estuda em Friburgo, em seguida entra para o Colégio Pedro II onde estudou humanidades. Entre seus colegas estavam Rodrigues Alves, Afonso Pena, futuros presidentes do País, e Castro Alves, o poeta dos escravos. Ingressou na Faculdade de