Literatura e cultura
O texto inicia-se trabalhando a questão em que a literatura vive inserida numa dialática do localismo e cosmopolitismo trazendo uma visão real dos variados costumes universais que interferem na produção das obras literárias, sofrendo influência da nossa expressão local e da herança européia. Nossa literatura, segundo Antonio Candido, consiste numa busca da superação dos sentimentos de inferioridade, vividos por uma país novo e mestiço diante de uma sólida civilização européia.
Essa libertação promove um avanço de independência, um rompimento com os padrões estrangeiros que levam a um profundo estudo da etnografia, da história e da identidade brasileira. Evidenciamos dois momentos importantes para nossa literatura: o Romantismo no século XIX e o Modernismo no século XX.
O primeiro movimento procura superar a influência de Portugal, já o segundo desconhece esta influência de forma pura e simples. Percebendo uma diferença em que o Modernismo é quem constrói esta nacionalidade própria e mais original, aceitando o estrangeiro transformando-o em algo que é nosso. O Modernismo também se destaca pelo rompimento com a elite, alinhando-se a uma linguagem popular, dando importância à massa, as coisas que vem do povo, estabelecendo a libertação de vários recalques históricos, sociais e étnicos, como a mais pura manifestação de nossa consciência literária. O Modernismo traz o resgate de nossas matrizes, assumindo nossa etnia mestiça, a influência de diversas culturas e a incorporação do mulato e do negro aos temas de estudo e inspiração, consagrados na obra central do movimento: Macunaíma, de Mário de Andrade.
A literatura facilitou à ciência na construção de nossa sociedade e da etnia, trazendo importância da libertação do academismo, dos recalques históricos que promove a descoberta de nossa identidade e de reconhecimento do nosso país.
Para tanto, vemos a significação deste movimento ao desenvolvimento da sociologia, da