Literatura Social de Jorge Amado
1 A literatura social de Jorge amado: Gabriela Cravo e Canela
Luciana Ferreira
Henrique Nunes da Silva.Prof da Escola João Calvino - Rio Branco-Ac (Universidade Federal do Acre) Orientação Profa. Dra em Literatura Luciana Marino (UFBA)
Os anos 30, 40 e 50 foram especialmente importantes no Brasil por representarema consolidação de algumas questões políticas, bem como foi época em que se iniciou oprocesso de industrialização, apesar de ainda mantermos um país agrário,por excelência,no qual persistia a exploração da mão-de-obra rural, caracterizando estruturas sociaisinjustas, onde o mundo do trabalho privilegiava a enorme exploração do homem pelohomem. Destaquemos que o romance foi a forma literária que melhor expressou ocenário social já descrito,caracterizando o que Lucien Goldman denominou “epopéiasocial”: O romance é a história de uma investigação degradada a que Lukacs chama“demoníaca”, pesquisa de valores autênticos num mundo também degradado, masem um nível diversamente adiantado e de modo diferente . Com efeito, a formaromanesca parece-nos a transposição para o plano literário da vida cotidiana daprodução para o mercado. 1 Os estudos de Goldman sobre a Sociologia do Romance nos esclarece queapesar desta forma narrativa dar conta das questões sociais, a obra literária não é umdocumento do real: A obra literária não é o simples reflexo de uma consciência coletiva real e dada ,mas a concretização , num nível de coerência muito elevado, das tendências própriasde tal ou tal grupo, consciência que se deve conceber como uma realidade dinâmica,orientada para certo estado de equilíbrio. No fundo, o que separa neste domíniocomo em todos os outros, a sociologia marxista da tendências sociológicaspositivistas, relativistas ou ecléticas, é o fato de ela ver o conceito fundamental nãona consciência coletiva real,mas no conceito construindo de consciência possível, oúnico que permite a compreensão do primeiro. 2 A adesão dos intelectuais às causas do