Literatura na educação infantil
Louvação a São Luís
Letra por Bandeira Tribuzzi
Ó minha cidade
Deixa-me viver que eu quero aprender tua poesia sol e maresia lendas e mistérios luar das serestas e o azul de teus dias
Quero ouvir à noite tambores do Congo gemendo e cantando dores e saudades
A evocar martírios lágrimas, açoites que floriram claros sóis da liberdade Quero ler nas ruas fontes, cantarias torres e mirantes igrejas, sobrados nas lentas ladeiras que sobem angústias sonhos do futuro glórias do passado Falando sobre BANDEIRA TRIBUZI Bandeira Tribuzi, nome literário de José Tribuzi Pinheiro Gomes, nasceu em São Luís, em 2 de fevereiro de 1927, e morreu na mesma cidade, de enfarte, em 8 de setembro de 1977 (dia do aniversário de São Luís), aos 50 anos. Se fosse vivo, Bandeira Tribuzi teria hoje 85 anos.
Professor, economista, jornalista, ensaísta e poeta, Tribuzi estudou na renomada Universidade de Coimbra, em Portugal, e retornou a São Luís em 1945. Seus livros “Alguma existência” (1948), “Rosa da esperança” (1950), “Safra” (1961), “Sonetos” (1962), “Pele e osso” (1970) e “Breve memorial do longo tempo” (1977) foram, acrescidos de poemas inéditos, reunidos na obra “Poesias completas” (1979), que teve uma reedição em 1986, sob o título “Poesia reunida”, que trazia, ainda, o poema que foi transformado no hino de São Luís – “Louvação a São Luís”.
Bandeira Tribuzi fez parte de um movimento literário difundido por meio da revista “A Ilha”, que lançou, em 1948, o pós-modernismo no Maranhão.
Foi, ainda, junto com o amigo José Sarney – ex-presidente da República e atual presidente do Senado Federal –, fundador do jornal O Estado do Maranhão, em 1º de maio de 1973. Eles compraram o jornal O Dia, que existia desde 1959, e mudaram o nome do diário.
Depois da morte de Tribuzi, em 1977, a família Sarney passou a controlar de fato o jornal, existindo até hoje descontentamento de parentes de Tribuzi, que alegam que não tiveram o ressarcimento devido por