Literatura Inglesa
Katia de Abreu Chulata
Texto baseado em Simão Cardoso, “O estudo da palavra na gramática portuguesa no séc. XVI” (Biblioteca universia.net); António Lavouras Lopes (2003), “Fixação e normalização da língua” e Portal da Língua Portuguesa (portaldalinguaportuguesa.org).
Para compreeender o Novo Acordo Ortográfico, é necessário falar um pouco sobre a história externa e sobre a história interna da Língua Portuguesa.
Uma língua é muito mais que um meio de comunicação. Ela é um patrimônio historicamente construído pelas sociedades que a falam e, muitas vezes, também a escrevem. O estudo de uma língua pode considerá-la na sua sincronia ou na sua diacronia. Do ponto de vista diacrônico, pode-se estudar a língua de duas perspectivas, (1) externa e (2) interna.
1. A origem do português é o latim. Como se pode imaginar não é o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos. Mas o latim popular, falado pelas tropas invasoras que ocuparam a Península Ibérica no período da Segunda Guerra Púnica. A faixa ocidental desse território abrigava diferentes povos, conhecidos segundo designações dadas pelos romanos.
Os Gallaeci estavam situados no extremo Norte, separados pelo rio Douro dos Lusitani, situados na porção central em direção ao sul. Subjugados pelo conquistador esses povos e outros foram abandonando a própria língua em favor do latim, o latim vulgar. Essa variante vulgar caldeou-se com as línguas dos povos dominados dando origem aos Romanços ou Romances (do latim romanice, isto é, à moda dos romanos).
No séc. V d.C o Império Romano ruiu e os Romanços passaram a diferenciar-se cada vez mais, dando origem às chamadas línguas românicas: italiano, francês, provençal, espanhol, português, catalão, romeno, etc. A base latina recolhe também, na constituição do português, elementos celtas, gregos, hebreus e mais tarde germânicos e árabes.
A partir de 711, com a invasão moura da Península Ibérica, o