Literatura do Romantismo
Ao contrário do Romantismo, fase literária anterior, os escritores realistas não expressavam subjetividade na linguagem, assumiram uma postura cientificista em relação aos fatos reais.
As características da literatura realista se contrapõem com as românticas. Os cenários passaram a ser urbanos e o ambiente social passou a ser valorizado ao invés do natural.
O amor e o casamento, os quais eram elementos de felicidade no Romantismo, transformaram-se em convenções sociais de aparência.
Não houve uma idealização da figura masculina como herói e sim uma exposição do homem que trabalha e que luta para sair de uma condição medíocre.
O próprio nome deste período fala a respeito de sua característica mais marcante: a realidade. A contemporaneidade é um atributo dos autores do Realismo que se preocupavam com o momento histórico, com o momento presente da sociedade em seus contextos políticos e econômicos.
As personagens criadas foram baseadas em pessoas comuns encontradas no cotidiano dos escritores, com suas obrigações diárias condicionadas a fatores de raça, de clima, de classe social.
A linguagem no Realismo é mais simples, sem preocupações estéticas exacerbadas, de modo a abranger um público maior.
O início da literatura realista se dá com a publicação de Madame Bovary de Gustave Flaubert, na França, o qual é um espelho da realidade burguesa da época retratado na figura de uma mulher de classe média. No Brasil, Machado de Assis inicia os ideais do Realismo com Memórias Póstumas de Brás Cubas, o qual se trata de um romance psicológico, cuja personagem principal é Brás Cubas, um defunto-autor que expõe ao leitor suas experiências