literatura de rubem fonseca

Período literário de Rubem Fonseca:

Personagens marginalizados, ambiente de exclusão social e violência urbana são as principais características da literatura bruta lista. Dentre as obras bruta listas podemos destacar “O Cobrador” de Rubem Fonseca, publicado em 1979; e “O Matador” de Patrícia Melo, publicado em 1995.
Praticamente, Rubem Fonseca inaugurou essa corrente literária no Brasil, batizada de “bruta lista” por Alfredo Bosi. Os contos bruta listas narram sequências e personagens inseridos numa estrutura de narrativa policial, com elementos de oralidade em que os personagens também assumem o papel de narradores da história.
Na vida real, Rubem Fonseca , antes de fazer sucesso como escritor, havia trabalhado como advogado e comissário de polícia nos anos 50. Atuou profissionalmente no subúrbio carioca, e tais impressões profissionais o influenciaram na sua escrita.
Nos contos de Rubem Fonseca os personagens principais são delegados, inspetores, detetives, advogados e até mesmo escritores. São contos que retratam questões sociais, crime e mistérios policiais que se diferenciam do gênero policial tradicional. No gênero policial tradicional, o investigador é regido por um pensamento positivista, enquanto que nas obras de Rubem Fonseca, o investigador é um profissional simples.
Nos contos de Rubem Fonseca, um dos pontos mais chocantes é o lado amoral dos criminosos, nenhum personagem criminoso é passível de culpa ou remorso, sempre agem com frieza.
Sempre abordam temas referentes à violência das grandes cidades, o cotidiano das favelas, dos prostíbulos e dos bares. Esse tipo de romance brasileiro criou um novo símbolo da violência social das grandes cidades por meio de emoções violentas sem espaço para os prazeres ilusórios.
A literatura bruta lista brasileira criou uma espécie de “transrealismo”, uma espécie de expressão real que vai além da própria realidade, geradora de novas experiências sociais e urbana.
O bruta lismo ultrapassa o limite a