Literatura de cordel
O inicio de tudo...
A literatura de cordel surgiu na metade do século 19, no Nordeste, para relatar ao sertanejo iletrado os mitos da cultura local e de fora, de forma épica, cantante e fácil de decorar por quem não sabia ler. Os poemas eram publicados em folhetos e, normalmente, ilustrados com xilogravura. Os cordelistas recitavam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também faziam leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
De onde veio?
Oriunda de Portugal, a literatura de cordel chegou no balaio e no coração dos nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais estados do Nordeste. No Nordeste, o cordel encontrou características favoráveis para sua perpetuação, por conta de sua linguagem simples e por tratar de temas regionais.
XILOGRAVURAS.
Gravura talhada em madeira, de onde se obtém ilustrações populares, muito utilizada a partir do século XIX nas capas de folhetos da literatura de cordel. Apesar de permanecerem pouco conhecidas as suas origens, acredita-se que a xilogravura popular nordestina tenha sido trazida por missionários portugueses que ensinaram a técnica aos índios.
Como são feitas?
Primeiro o artista esculpe na madeira o que deseja desenhar, depois através das etapas ao lado, ele imprime no papel o desenho feito.
MATRIZ: taco de madeira gravado com instrumentos de corte.
ENTINTAGEM: a tinta é colocada na área que não foi encavada através de um rolo.
IMPRESSÃO: transporte da imagem para o papel, através de pressão a mão ou no prelo.
GRANDES CORDELISTAS
Apolonio Alves dos Santos.
Natural de Guarabira, PB. . Seu primeiro folheto foi "MARIA CARA DE PAU E O PRÍNCIPE GREGORIANO", publicado ainda em sua cidade natal. Faleceu em 1998, em Campina Grande, na Paraíba, deixando aproximadamente 120 folhetos publicados e