Literatura contemporanea
Terminada a Segunda Guerra, o Brasil entra num novo período de sua historia, marcado pelo desenvolvimento econômico, pela democratização político e pelo surgimento de novas tendências artísticas e culturais.
A primeira manifestação de mudanças na literatura se dá com a geração de 1940-50, cujo objetivo é renovar os meios de expressão a partir de uma pesquisa em torno da linguagem. No fim da década de 1950 e início da de 1960, esse movimento convive com o Concretismo, que, de certa forma, dá continuidade ás pesquisas da geração de 1940-50, porem acentuando seu aspecto formal. Esse é o momento em que a Bossa Nova e o Cinema Novo ganham seu espaço. No final da década de 1960, em meio á efervescência cultural refletida nos festivais de músicas da TV Record, surge o Tropicalismo, que representa a retomada de algumas propostas do Modernismo de 1922.
Com o fechamento político do país imposto pelo AI-5, em 1969, e com a onda de censura, prisões e exílios, a produção artística como um todo sofre um refluxo. A partir daí, uma dispersão cultural, que tem como consequência o aparecimento de valores individuais em lugar de movimentos artísticos organizados. Esse quadro tem se mantido até o início do século XXI.
Os anos 1940-50. Clarice Lispector
A pesquisa estética e a renovação das formas de expressão literária, tanto na poesia quanto na prosa, são os traços distintivos da geração de 1940-50.
Clarice Lispector, por exemplo, pondo em xeque os modelos narrativos tradicionais, relativiza os limites entre a poesia w a prosa e obriga a crítica literária a rever seus critérios de análise e avaliação da obra literária.
Nas décadas de 1940-50, surgem no Brasil publicações que apontam para uma nova direção da literatura. Sem propor uma ruptura com as conquistas do Modernismo das gerações de 22 e 30, mas também sem defender as propostas desses grupos, os novos escritores caracterizam-se essencialmente pela maturidade literária e pelas pesquisas em