Literacia Científica
Com o crescente impacto das ciências e da tecnologia na vida de todos, a literatura sobre literacia científica tem dado o seu contributo no ensino formal das ciências. Para combater os problemas do dia-a-dia é necessário formar indivíduos capazes de encontrar soluções.
Que consciência tem o cidadão comum sobre os problemas que poderão, de um momento para o outro, afetar as suas vidas? Porque usamos cinto de segurança? Como evitar a poluição devida ao trânsito automóvel? Como travar o efeito de estufa? Será que a escola está preparada para dar resposta a estas perguntas?
Durante a escolarização, tem-se assistido à diminuição do interesse pela ciência por parte dos alunos. As medidas tomadas para contrariar este desinteresse tem-se mostrado insuficientes.
Este é o grande desafio com que a escola se prende, como contribuir para a divulgação científica e aplicação de práticas de ensino e aprendizagem em ciências que sejam inovadoras e adequadas às exigências de um programa que promova a literacia científica dos alunos?
Definições de Literacia Científica
Desde os finais da dos anos 50 que se tenta definir o conceito de literacia cientí-fica. Mesmo havendo uma concordância generalizada, não se consegue uma definição consensual pois o próprio conceito não é consensual.
Pella, O’Hearn e Gale (1963), ao analisarem mais de 100 documentos publicados entre os anos 50 e 60, nos Estados Unidos da América, concluíram que um individuo literato em ciência caracteriza-se por compreender conceitos básicos de ciência e a própria ciência, por reconhecer as implicações de questões de ordem ética na atividade do cientista e por ser capaz de discutir as interrelações existentes entre a ciência, a sociedade e as humanidades, assim como saber a diferença entre a ciência e a tecnologia. Surge então uma das primeiras definições de literacia científica.
Nos anos 80 desenvolveram-se esforços no sentido da implementação de currículos que