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Luci Fortunata Motter Braun Thomas Braun Instituto de Física -UFRGS Porto Alegre RS
Resumo O objetivo deste trabalho é explorar didaticamente o experimento de Young conforme foi confeccionado originalmente por Thomas Young em 1801. Neste contexto, abordam-se os conceitos de interferência, difração e coerência.
I. Introdução
Em 1801, na Inglaterra, Young expôs à Royal Society um trabalho no qual demonstrava experimentalmente a interferência da luz, fornecendo, desta maneira, uma base experimental para a Teoria Ondulatória da luz(1). O experimento confeccionado por Young, além de ser muito simples, pode ser repetido com muita facilidade, necessitando-se apenas de uma fonte luminosa comum e anteparos contendo pequenos orifícios. Com uma fina agulha Young fez um pequeno orifício em um anteparo pelo qual fez passar a luz do sol. A luz emergente deste orifício dispersa-se por difração, incidindo sobre um segundo anteparo contendo agora dois orifícios muito próximos, construídos também com a agulha. A Fig. 1 mostra o experimento de Young. Neste arranjo, cada orifício atua como uma fonte puntiforme de ondas esféricas secundárias. A luz difratada nos orifícios S. e S2 dispersa-se na região entre o anteparo B e a tela de observação C. Nesta região, as ondas se superpõem, interferindo-se construtiva ou destrutivamente. Numa tela C distante pode-se visualizar o padrão de interferência da luz, caracterizado por uma figura de intensidade luminosa variável onde se mesclam alternadamente zonas de maior intensidade com zonas de menor intensidade, ocorrendo entre elas intensidades intermediárias. Doravante, nos restringiremos apenas às zonas com iluminação máxima que chamaremos de zonas claras e às zonas com iluminação mínima que chamaremos de zonas escuras. Evidentemente, entre uma zona clara e escura existem intensidades luminosas intermediárias. A maioria dos livros de texto(2),