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A Indústria Cultural no Cinema

A chamada sétima arte surgiu em 1890 com o filme “Black Maria” pelas mãos de Thomas A. Edison, se desenvolveu com a criação da cidade de Hollywood, entretanto, não se sabe ao certo quando esta deixou em partes seu lado artístico para seguir um rumo de disseminação de propagandas e ideias que colaboraram e ainda colaboram para uma globalização.
Na capa do renomado filme “O deuses devem estar loucos”, há uma clara divulgação da indústria ao mostrar em sua capa ilustrativa uma garrafa de refrigerante. Outro exemplo que pode ser dado é o uso de certos celulares e notebooks de certa marca em vários filmes como Iron Man. Contudo, a indústria cultural nos cinemas não se restringe apenas a objetos palpáveis, ela também influência ideologia de vários indivíduos e seus comportamentos. Exemplos disso é a transformação dos heróis: Até a metade do século XIX, o herói era uma pessoa honrada, de família, seguia a risca todo um código de conduta era bondoso, exemplos seriam Capitão América e o Super Homem. Em uma segunda geração temos o Batman ( ele não tem poderes), é apático e de personalidade mais sombria, ainda ligada a uma certa moral.
Atualmente temos nos filmes heróis por acaso, onde fazer algo bom apenas esta no caminho para chegar à princesa sequestrada pelo bandido. Heróis que ao invés de usarem a cueca por cima da calça, promovem marcas de calça Jeans, bebidas e carros. Geralmente apresentam personalidades ostentadoras e individualistas, fazendo de maneira tortuosa coisas certas. Várias dessas características são notadas em jovens, um possível reflexo de uma indústria cultural bem sucedida.
No momento em que o cinema começou a propagar ideias em escala, ele deixou de se arte e virou cultura, já que, segundo Theodor Adorno e Max Horkheimer, “a arte é aquilo que liberta as algemas do homem para que este seja autônomo”; já a cultura é reprodução de pensamentos, valores e ações. Uma industria cultural voraz, capaz de controlar e