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18/02 às 10h35
Construções de barraginhas e lagos: soluções simples para tempos de crise hídrica
As barraginhas retêm as enxurradas, permitindo que a água da chuva se infiltre no solo
Jornal do Brasil
SNA*
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Em tempos de crise hídrica, qualquer alternativa é bem vinda para o homem que vive e trabalha no campo, que integra a cadeia do agronegócio brasileiro. Muitas vezes, não é preciso muito dinheiro para garantir o abastecimento de água na zona rural. É que produtores rurais mineiros estão fazendo com o auxílio da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Milho e Sorgo (MG).
Agricultores do interior do Estado, eles construíram barraginhas e/ou pequenos lagos, que são pequenas bacias para captar a enxurrada. Algumas comunidades rurais de Minas, acostumadas a utilizar cisternas de um metro e meio de água viram o volume saltar para 11 metros.
Coordenador do projeto “Integração das Tecnologias Sociais Lago de Múltiplo Uso e Barraginhas”, da Embrapa Milho e Sorgo, o engenheiro agrônomo Luciano Cordoval explica que as barraginhas retêm as enxurradas, permitindo que a água da chuva se infiltre no solo. Desta forma, ela recarrega o lençol freático, deixando-o em nível mais elevado.
“Além de elevar a disponibilidade de água em determinada, esta chamada ‘tecnologia social’ preserva a terra já que, ao conter as enxurradas, evita erosões. Com o aumento de água nas propriedades, foi possível construir e abastecer pequenos lagos lonados, conhecidos como lagos de múltiplo uso, que também podem ser usados como criatórios de peixes, reservatórios para irrigação ou abastecimento”, informa.
De acordo com a Embrapa Milho e Sorgo, mais de 150 mil barraginhas já foram instaladas no Distrito Federal e em 11 Estados brasileiros: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Diferentemente das barraginhas, os pequenos lagos são impermeabilizados