LIPOVETSKY, Gilles; ROUX, Elyette. O Luxo Eterno

LIPOVETSKY, Gilles; ROUX, Elyette. O Luxo Eterno: Da Idade do Sagrado ao Tempo das Marcas. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

O livro O Luxo Eterno trata da evolução do luxo desde sua origem até os tempos de hoje. Partindo do ponto que o luxo pode ser compreendido como uma luta por posição e prestigio, há também uma forma de competição social e uma busca pelo reconhecimento e superioridade.
Numa era onde as inovações ocorrem em grande escala e pouco intervalo de tempo, há uma dicotomia forte entre perpetuar uma tradição ou modernizar. Esses pilares contraditórios, quando se trata de marcas de luxo, precisam andar juntos. A exigência para uma gestão dinâmica, constante renovação e gozo da criatividade estão sendo cada vez mais cobradas. Isso sse torna necessário para evitar que organizações e marcas se tornem obsoletas e conquistem seu espaço.
Nessa formação composta de tradição e inovação, de lógica passadista e de lógica preseteísta que é o luxo, o pólo criativo desempenha cada vez mais o papel-chave, pois aparece como aquele que depende o futuro. (p. 82)
O luxo gira em torno também da união do presente, passado e futuro. O presente seria a capacidade de se inovar para se impor no mercado, essa estratégia é por consequência os resultados do futuro. Para isso deve-se também manter vínculos com a tradição, uma valorização da história. “A construção de uma marca de luxo é inseparável da gestão simbólica de suas raízes, do trabalho de edificação de um mito”.
O luxo, composto por excelência e emoção, não se resume a produzir e vendar produtos caros e raros, mas também se apegar ao fator temporal. É preciso saber usar da inovação e modernização e, dar tempo ao tempo, para que se consolide uma memória, uma eternidade da marca. “Ora um tempo de atualidade, o tempo rápido e versátil da moda; ora o imóvel, o que não está sujeito a sair de moda, a temporalidade longa da memória”. Se tratando da evolução do luxo, sua transformação passou da lógica