Lipodistrofia ginóide
A lipodistrofia ginoide (celulite) é dermatose inestética comum que aflige muitas mulheres ao redor do mundo. Dependendo da intensidade do quadro estabelecido, essa condição pode ser responsável por relevantes distúrbios psicossociais. Na prática clínica, muitas formas terapêuticas já foram tentadas; muitas foram colocadas no cenário das terapêuticas proscritas não só por sua ineficiência terapêutica, mas também pelo risco que impõem à saúde do paciente. Outras, ainda em voga, têm fragilidades científicas que não sustentam sua utilização; no panorama médico atual, encaramos, também, as promessas dos aparelhos médicos, sendo poucos os que realmente apresentam substrato científico de sustentação. Este artigo faz ampla revisão da literatura médica, analisando estudos presentes na literatura científica, tentando fornecer ao leitor argumentos que possam embasá-lo na indicação de uma dada terapêutica em detrimento de outra, a fim de confortá-lo no discurso clínico de resultados junto ao paciente portador de tal enfermidade.
Palavras-chave: CELULITE , TECIDO ADIPOSO , LIPODISTROFIA ,
INTRODUÇÃO
Lipodistrofia ginoide (LG) tem o termo "celulite" como sinônimo leigo mais usual, o qual foi originário da literatura médica francesa. 1 Trata-se de dermatose comum, fisiológica e indesejável, cuja etiologia e manejo são objetos de debates e representam preocupação cosmética importante. 1
LG afeta de 85% a 98% das mulheres de todas as raças após o início da puberdade, sugerindo componente hormonal em sua patogenia. 1 Apesar de sua alta prevalência, há poucos estudos científicos sobre a fisiopatologia da LG, dificultando, assim, decisão terapêutica acertada a sua abordagem. 1
Pode ocorrer em qualquer área da superfície corporal que contenha tecido subcutâneo adiposo, sendo as áreas mais suscetíveis as regiões superior e posterior das coxas e nádegas. De forma rara, pode ser encontrada também nas mamas, região inferior do abdome e nuca. 1
Nurnberger-Muller propôs