Linha do tempo da musica ocidental
Período Medieval:
A música mais antiga que conhecemos tanto sacra quanto profana, a música medieval, consiste em uma única melodia, com uma tessitura do tipo que chamamos monofônica. Em sua primeira fase, a música religiosa conhecida como cantochão não tinha acompanhamento. Consistia em melodias que fluíam livremente, quase sempre mantendo dentro de uma oitava e desenvolvendo-se com suavidade através de intervalos de tom. Os ritmos eram naturais, seguindo as acentuações das palavras da língua latina. Às vezes os coros se alternavam no cantar dando assim o nome de antifônico, enquanto que em outras vezes os coros respondiam uns aos outros, dando-se o nome de responsório a este estilo de cantar. Por volta do século IX, os compositores passam a utilizar-se do Organum Paralelo, onde uma linha melódica colocada a uma quinta ou quarta da linha principal é executada. Já pelo século XI, os compositores deixam de atrelar a segunda linha melódica, a voz principal, dando origem ao Organum Livre. No começo do século XII, passou-se a utilizar os melismas, que era uma voz acima da voz principal, que passou a se chamar tenor. Em uma sílaba, várias notas eram cantadas. Ainda no século XII, a forma conhecida como moteto foi uma verdadeira inovação, pois as várias vozes escritas cantavam letras e notas diferentes ao mesmo tempo. As danças e canções populares do período medieval eram monofônicas, e eram cantadas pelo público em geral, mas eram interpretadas de forma diferenciada pelos chamados trovadores. Podiam utilizar instrumentos ou não. Como exemplos de instrumentos, temos: galubé, charamela, corneto, órgão, carrilhão, cítola, harpa, viela, viela de roda e saltério. Muitos destes instrumentos chegaram até nós como a flauta doce ou a gaita de fole. Por volta de 1.300, a música medieval ganha novas características: o estilo é mais expressivo e refinado. Os ritmos já são mais flexíveis, ousados, e o contraponto (polifonia: várias vozes cantam