Linguística aplicada à tradução
No presente trabalho, ao optar-se por analisar diversos aspectos da obra dos autores em questão, nenhum deles será amplamente e detalhadamente analisado. Porém, pode-se perder-se em complexidade de elaboração de temas, mas ganha-se em diversidade e completude de elementos a serem analisados.
1. Tradução
Desde que o ato de traduzir existe, coexistem com ele problemas de tradução. Um dos mais apontados, nesse sentido, seria o de equivalência. Ou seja, o texto alvo deve estar em plena sintonia com o texto original, além de cumprir as exigências do leitor do texto alvo. A tradução, em sua plena concepção, deveria ser capaz de aproximar o leitor da cultura e do idioma do texto de origem ou cumprir o seu propósito na cultura e no idioma alvo. Nas traduções de textos literários, contudo, essa definição cria um paradoxo. Enquanto que se manter fiel à determinada estrutura gramatical da língua de origem caracteriza o estilo do texto alvo, a tradução literal da mesma poderá desviar dramaticamente do uso e estilo natural da língua do texto alvo. Geralmente, a boa tradução é vista como aquela que se mantém fiel ao texto original, sem adições ou omissões, e também pela sua naturalidade, sob o prisma de um falante nativo da língua alvo, com que a tradução foi escrita e na qual regras gramaticais, sintáticas e idiomáticas foram observadas. Além desses aspectos, há os que geram em torno da subjetividade que permeia o processo de tradução. A tradução também está amplamente ligada à filosofia, como a hermenêutica; a filosofia da linguagem; a epistemologia. Pensando no aspecto do que seria ou não traduzível, no sentido de transferência de conteúdo de um texto, filósofo Willard Van Orman Quine entendeu ser impossível classificar objetivamente todas as variações possíveis de uma tradução e que a tradução de uma língua é uma questão de experiência. Quine contribuiu enormemente para a teoria da tradução. Uma de suas teorias é a de