linguistica
O funcionalismo é visto, como oposição ao estruturalismo, defendendo o fato de que, a linguagem não é um fenômeno isolado, mas uma variedade de propósitos que vai além de “efetuar uma comunicação”, vendo a língua como um sistema estável, objetivo e externo ao indivíduo. Nesta perspectiva, dá ênfase a gramática funcional, abordando que as relações entre as unidades e as funções das unidades têm prioridade sobre seus limites e sua posição, usando-se sempre de expressões linguísticas na interação verbal, pressupondo certa pragmatização do componente sintático-semântico do modelo linguístico, considerando assim, a competência comunicativa, capacidade que cada indivíduo tem de usar e interpretar expressões de uma maneira interacionalmente satisfatória. Essa visão funcionalista já está incorporada há muito tempo, onde é encontrada na Escola de Praga, grupo de estudiosos, que adota a concepção, de que a linguagem, permite ao indivíduo reação e referência à realidade extralinguística, sendo caracterizada como um estruturalismo funcional, aparecendo lado a lado, ou seja, o estrutural (sistêmico) e o funcional. Neste âmbito a atenção está voltada para a organização das palavras nas frases, tendo a função de organizar a informação, transformando a frase em um elemento comunicativamente estático, com o tema, elemento dinâmico e de baixa informatividade, e o rema, que é o comentário e que apresenta maior informatividade. Buscando, assim, a avaliação da frase totalmente realizada , com determinação da sua função no ato de comunicação e no princípio entre formas e funções. Com o tempo, várias outras abordagens “funcionais” foram surgindo, e o funcionalismo tomou, depois, vida própria e independente. Para alguns linguistas, a língua é um instrumento de interação social entre seres humanos, com o objetivo de estabelecer relações