Linguistica

De acordo com a teoria funcionalista, adquirimos a língua porque simplesmente precisamos nos comunicar. A criança quando nasce, aprende uma língua e a partir de então, aprende a usá-la em suas diferentes funções, aprendendo formas específicas para funções também específicas. Quando essa criança aprende uma palavra, não a isola como mais uma simples adição ao seu vocabulário. Essa criança aprende também junto a essa palavra, todas as funções da mesma para poder juntá-la e construir sentenças, por exemplo. Partindo do pressuposto de necessidade de comunicação, Victor era considerado ‘’sem linguagem’’ segundo o funcionalismo, pois não precisava se comunicar já que até então, vivia em um ambiente sem nenhuma interação com a fala.
O Behaviorismo ou comportamentalismo como o nome sugere, explica o comportamento e aquisição de uma língua gerada pela interação do homem com o ambiente em que vive e esse ambiente, segundo Skinner, tem forte influencia no comportamento do homem e utiliza a língua como resposta. Obviamente, segundo essa teoria, Victor era considerado ‘’sem linguagem’’ pelo fato de não precisar responder a esses estímulos, sem interação com o ambiente humano, Victor não teve chances de imitar um ser humano ou desenvolver qualquer palavra. Logo, seu ambiente ‘’selvagem’’ o determinou como ‘’sem fala’’ apenas gesticulando como qualquer outro animal.
Diferentemente das outras teorias, temos o programa gerativista que parte do pressuposto de que adquirimos a língua, pois a mesma faz parte de nossa genética inata, é um instinto, não escolhemos tê-la, não podemos retirá-la, apenas nascemos com uma área cerebral ou como alguns colocam um órgão que representa a linguagem. Todos nascemos com essa capacidade, mas é a experiência junto a ela que fará com que a desenvolvemos melhor. Victor teria essa linguagem inata desde que nasceu como qualquer outro humano. Porém a ausência do convívio com a fala, do ambiente de comunicação entre pessoas, fez com que ele