Linguistica Saussure
a) discurso/língua/ideologia
Ideologia é o que está na cabeça do sujeito, pensamentos e interpretações da história. Segundo Eni Orlandi, ideologia não é um “conteúdo”, é uma prática, é um funcionamento discursivo. Orlandi diz que a materialização da ideologia é o discurso e a materialização do discurso é a língua. A língua é a expressão concreta da fala, não há língua sem fala e vice-versa. O discurso vai além. Não é apenas o que está sendo dito, mas é sujeito a interpretações. Deve ser analisado nas entrelinhas. Para analisar um discurso deve-se compreender como ele produz sentido tanto para quem discursa quanto para quem ouve.
b) sujeito/formações imaginárias/condições de produção
Sujeito, aqui, não é a pessoa física, mas o ser que existe no social, carregando sua ideologia. Sua fala leva consigo outras falas. Formação imaginária é a imagem que o sujeito A faz de si, do assunto tratado e do outro sujeito B. É também, a imagem que A faz que B faz do tal assunto. Ela depende das condições de produção que são determinadas pelo contexto sócio-histórico-ideológico e os interlocutores (com as imagens que fazem de si).
c) A formação discursiva, para Orlandi, funciona como um principio de aceitabilidade para um conjunto de formulações e, ao mesmo tempo, como um conjunto de exclusão do “não-fomulável”. Por esta razão, para tratar de formações discursivas, faz-se necessário tratar da interação entre formações ideológicas, pois que a identidade do discurso se constrói na relação com o outro.
Já o interdiscurso, segundo Orlandi, determina a formação discursiva, fala ainda que é aquilo que preside todo o dizer, tem íntima ligação com a memória. Para a autora, a memória também faz parte do discurso, o modo como ela se dá, induz condições de produção de um discurso e assim, a própria memória é considerada “interdiscurso”. O interdiscurso é algo que surge de um lugar independente, é algo que já foi dito e causa efeito no que se está sendo dito agora.
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