linguistica aplicada, Moita Lopes
Capítulo III
Linguística aplicada e vida contemporânea
PROBLEMATIZAÇÃO DOS CONTRUTOS QUE TÊM ORIENTADO A PESQUISA
Luiz Paulo da Moita Lopes
*Outras vozes e outros conhecimentos (pág. 85)
A questão contemporânea parece ser relativa a como reinventar a vida social, o que inclui a reinvenção de produzir conhecimento.
(pág. 86) Como podemos criar inteligibilidades sobre a vida contemporânea ao produzir conhecimento e, ao mesmo tempo, colaborar para que se abram alternativas sociais com base nas e com as vozes dos que estão à margem: os pobres, os negros, os favelados, os indígenas, homens e mulheres homoeróticos, entre outros, ainda que os entende de forma não essencializada. Indo contra a hegemonia do mercado da globalização do pensamento único, capitalista.
Desafiando o chamado conhecimento científico tradicional e sua ignorância em relação às práticas sociais vividas.
Há uma preocupação com novas teorias calcadas em novos modos de entender a vida social com base em críticas à modernidade.
(pág. 89) A esperança não está na ciência ocidentalista de teorias separadas de práticas sociais...é um projeto ético de renovação ou reinvenção de nossa existência. A questão que se coloca é como lidar com a diferença com base na compreensão de nós mesmos como outros, opondo-se ao “privilégio ocidentalista de um si mesmo fechado e homogêneo e daqueles que são iguais.”
*Preparando uma agenda para a linguística aplicada contemporânea: renarrar a vida social
(pág. 90) “... parte de uma agenda ética de investigação para a LA envolve um processo de renarração ou descrição da vida social como se apresenta, o que está diretamente relacionado à necessidade de compreendê-la. Isso é essencial para que o linguista aplicado possa situar seu trabalho no mundo, em vez de ser tragado por ele ao produzir conhecimento que não responda às questões contemporâneas em um mundo que não entende ou que vê como separado de si como pesquisador: a separação entre