Linguagens
A linguagem nasce da necessidade humana de comunicação. Nela e com ela, o homem interage com o mundo.
Para tratarmos das diferentes linguagens de que dispomos, sejam elas verbais ou não, precisamos, inicialmente, pensar que elas existem para que possamos estabelecer comunicação, para que possamos interagir. Mas, o que é, em si, comunicar? Se desdobrarmos a palavra comunicação, teremos:
Comunicação: “comum” + “ação”, ou melhor, “ação em comum”.
De modo geral, todos os significados encontrados para a palavra comunicação revelam a ideia de se estabelecer relação com alguém, de haver transferência de informação. Observe:
A palavra comunicação deriva do latim communicare, cujo significado é “tornar comum”, “partilhar”, “repartir”,
“trocar opiniões”, “estar em relação com”. Assim, podemos afirmar que, historicamente, comunicação implica participação, interação entre dois ou mais elementos, um emitindo informações, outro recebendo e reagindo. Para que a comunicação exista, então, é preciso que haja mais de um polo: sem o “outro”, não há partilha de sentimentos e ideias ou de comandos e respostas.
Para que a comunicação seja eficiente, é necessário que haja um código comum aos interlocutores. Tomemos, agora, o conceito apresentado por Bechara (1999, p. 28) para fundamentar o conceito de linguagem: Entende-se por linguagem qualquer sistema de signos simbólicos empregados na intercomunicação social para expressar e comunicar ideias e sentimentos, isto é, conteúdos da consciência. A linguagem é vista, então, como um espaço em que tanto o sujeito quanto o outro, que com ele interage, são inteiramente ativos. Por meio dela, o homem pode trocar informações, ideias, compartilhar conhecimentos, expressar intenções, opiniões e