Linguagem
O rei de Creta, Minos, havia encomendado a Dédalo, um arquiteto muito inteligente, uma prisão para prender o Minotauro. Ele criou um labirinto, com vários caminhos que se cruzavam, de modo que quem lá entrasse nunca mais sairia. Minos também ordenou que, de nove em nove anos, sete rapazes e sete raparigas seriam enviados ao labirinto para servir de alimento ao Minotauro, monstro metade homem, metade touro. Até que Teseu, filho do rei de Atenas, cansado de ver tantos jovens serem sacrificados, jurou matar o Minotauro. Tinha coragem para isso, mas temia perder-se na volta e não encontrar a saída do labirinto. A jovem Ariadne, apaixonada por Teseu, pediu então ajuda a Dédalo. Novamente Dédalo teve uma idéia brilhante: sugeriu que o jovem Teseu levasse um novelo de lã, amarrasse uma das pontas na entrada do labirinto, desenrolasse o novelo pelo caminho, de modo que, quando voltasse, não se perderia. Assim foi feito, e o Minotauro foi morto por Teseu.
Quando soube disso, Minos ficou furioso e, desconfiando que somente Dédalo saberia como sair do labirinto, mandou prendê-lo juntamente com seu filho, Ícaro, na torre do castelo. As saídas por terra e por mar estavam muito bem vigiadas e não havia como escapar. Foi então que Dédalo teve outra idéia incrível. Decidiu construir asas com as penas das aves que sobrevoavam a prisão, colando-as com cera das abelhas. Quando as asas ficaram prontas, Dédalo recomendou a Ícaro que não voasse muito baixo para não mergulhar as asas no mar, nem muito alto, para não derreter a cera com o calor do sol. Ícaro, então, entusiasmado com a idéia da liberdade e com a sensação de voar, esqueceu das recomedações do pai e se aproximou muito do sol. As penas começaram a se desprender e Ícaro despencou no mar. Diz a lenda que cada pena das asas de Ícaro que caiu no mar transformou-se numa ilha, formando o arquipélago das Icárias. Dédalo, muito triste, foi para a Sicília, sendo bem recebido pelo rei e admirado por