linguagem
O que muitas pessoas não sabem é que a moda influencia a economia, sociedade e cultura e, em uma relação recíproca, também é movida e caracterizada por estes fatores. A preocupação com a imagem está presente desde os primórdios da humanidade, já que está inteiramente relacionada à essência do homem e às relações sociais e físicas.
Nossa organização social, bem como o advento da indústria da moda, estimulou uma comunicação extremamente pautada na percepção visual, que nestes dias é amplamente divulgada pelos meios de comunicação e influi de forma poderosa nas interações sociais. Em um mundo que propaga um ritmo de vida tão acelerado e com tantos estímulos, o desejo de garantir atenção e auto-estima leva muitos indivíduos a buscar meios de alçar maior visibilidade e status.
Nesse contexto, surge uma indústria – a da moda – que promete manifestar visualmente a cultura popular, tornando acessíveis diversas formas de ser e pensar por meio de vestimentas. No entanto, esse mercado também se preocupa em divulgar tendências, constituir padrões, convergir gostos e comportamentos. Além disso, a moda apresenta um caráter autodestrutivo para manter-se viva. As tendências de cada período histórico se misturam formando a moda que conhecemos hoje, que tanto estima as inovações e paradoxos da contemporaneidade.
“Tal é a grandeza da moda, que remete sempre mais o indivíduo para si mesmo; tal é a miséria da moda que nos torna cada vez mais problemática para nós mesmos e para os outros.” – Gilles Lipovetsky, O Império do Efêmero
Uma das maiores dificuldades encontradas é fazer com que as pessoas encarem a moda como uma indústria. Indústria essa que gera empregos, circula capital e tem altas cotações no mercado. Todos nós já ouvimos falar de alguma grande