Linguagem e Soiedade Espetaculo
5022 palavras
21 páginas
A filosofia moderna10 foi fortemente marcada pelo idealismo. Vários filósofos modernos, racionalistas ou empiristas, continentais ou insulares, compartilhavam, em linhas gerais, uma mesma tese de natureza epistemológica: não temos acesso cognitivo direto às coisas do mundo, mas conhecemos somente seus representantes, ou seja, as idéias que somos capazes de formar acerca dessas coisas11 11-Na modernidade, de Descartes até Kant, praticamente todos os filósofos aceitavam a teoria epistemológica de que o acesso cognitivo que temos às coisas do mundo se dá por intermédio de entidades de ordem subjetiva que, pode-se dizer, representam as coisas do mundo. A consciência tem uma estrutura tal e uma natureza tal, que pedras, madeiras, metais, corpos vivos, etc. não podem ‘entrar’ dentro dela
No mundo físico habitam objetos físicos, no mundo psíquico da consciên- cia somente pode haver objetos psíquicos, ou seja, idéias.
Resumo do livro Filosofia da Linguagem
A filosofia da linguagem conheceu o seu apogeu na primeira metade do século
XX, a expressão “filosofia da linguagem” possui duas acepções principais, uma mais estrita e outra mais ampla. Em sua acepção mais estrita, ela é resultado de uma investigação filosófica acerca da natureza e do funcionamento da linguagem, sendo por vezes chamada de “análise da linguagem”.
Na segunda e mais ampla acepção, a filosofia da linguagem diz respeito a qualquer abordagem crítica de problemas filosóficos metodologicamente orientada por uma investigação da linguagem, razão pela qual ela é por vezes chamada de “crítica da linguagem”. Tanto no sentido estrito quanto no sentido mais amplo, há historicamente duas espécies de filosofia da linguagem: a filosofia da linguagem ideal e a filosofia da linguagem ordinária. A filosofia da linguagem ideal é influenciada pela lógica simbólica desenvolvida a partir de Frege, principalmente pelo cálculo dos predicados.
A filosofia da linguagem ordinária, por sua vez, toma como modelo a linguagem