Linguagem e Mito
Equipe de realização: Tradução: J. Guinsburg e Míriam Schnaider-man; Revisão: Mary
Amazonas Leite de Barros; Produção: Ricardo W. Neves e Sylvia Chamis.
ernst cassirer
LINGUAGEM
E MITO
Título do original:
Sprache und Mythos — Ein Beitrag zum Problem der
Geetternamen
Copyright by
YALE UNIVERSITY PRESS
3ª edição
Direitos em língua portuguesa reservados à EDITORA
PERSPECTIVA S.A. Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 3025
01401 - São Paulo - SP - Brasil Telefones: 885-8388/885-6878
1992
Ao meu querido sogro
OTTO BONDY em seu octagésimo aniversário
3 de outubro de 1924
SUMARIO
I.
II.
III.
IV.
V.
VI.
Cassirer ...........................................................................
A Linguagem e o Mito: sua Posição na
Cultura Humana ..............................................................
A Evolução das Idéias Religiosas .....................................
Linguagem e Conceituação .............................................
A Palavra Mágica .............................................................
Fases Sucessivas do Pensamento Religioso ......................
O poder da Metáfora ......................................................
7
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CASSIRER
O movimento neokantiano, que se manifesta a partir dos fins do século passado, alcançou sua expansão máxima entre as duas guerras mundiais. Reuniu tendências várias, divergentes nos interesses e interpretações, apoiadas logo na filosofia teórica de Kant, logo na sua filosofia prática ou então na Crítica do Juízo. Pensadores e cientistas tão díspares como o físico e fisiólogo Herman Helmholtz (que acentuava a necessidade de as ciências naturais fundamentarem seus conceitos básicos num raciocínio epistemológico rigoroso) e filósofos e historiadores como Kuno Fischer, Eduard Zeller, Otto Liebmann, sobretudo, porém, Friedrich Albert Lange, com sua História do
Materialismo