Linguagem e democracia
Rubem Barboza Filho, em seus textos “As linguagens da democracia” e “A modernização brasileira e o nosso pensamento politico”, traz uma explanação no que diz respeito à formação social brasileira. Pretende-se extrair pontos importantes referentes à formação da sociedade brasileira trazidos por Rubem, para assim relaciona-los com as ideias de José Bonifácio de Andrada presente em seu livro “Projeto para o Brasil”, onde o mesmo apresenta seu ponto vista a respeito da formação social do Brasil.
Em “As linguagens da democracia”, Rubem Barboza aponta que após os antigos modelos se tornarem obsoletos, a reflexão sistêmica sobre formas de vida democrática e solidaria é eleita a tarefa principal da teoria social contemporânea, e que este esforço da reinvenção democrática encontra-se no centro do debate entre procedimentalistas e comunitaristas, referencias polares da teoria social contemporânea. O autor propõe a relativização da hegemonia desta polaridade, defendendo a ideia de construção do mundo moderno ocidental como resultado de três grandes linguagens de subjetivação do mundo: as linguagens do interesse, da razão e dos afetos.
Rubem divide este texto em três movimentos: o primeiro “consiste na construção de um panorama a respeito dos campos morais ou ético-politico da modernidade”, o segundo “diz respeito à experiência particular da Ibéria no inicio da modernidade, localizando-a neste panorama e no momento em que a América Ibérica começa a ser construída”, e por fim, o terceiro que se refere a “possível tradição brasileira, ou seja, a experiência brasileira e ibero-americana em seus aspectos mais gerais”. Contudo, em sua conclusão o mesmo recolheu elementos centrais desses movimentos para trazer uma resposta à questão proposta por ele.
O autor defende sua hipótese questionando e respondendo a uma pergunta que ele diz ser esdruxula, pelo fato da natureza da tradição brasileira ser tida como antidemocrática, e sem sentido, pelo fato da