linguagem mímica e cromática
A mímica é considerada um dos meios mais primitivos de auto-expressão e é arte de identificação do homem com os elementos que o cercam. Tendo sido para comunicação, para entretenimento ou ainda para fins educativos, a mímica é uma forma de representação básica no homem: a mímica teria sido uma das primeiras manifestações do homem (afinal, os reflexos faciais constituem-se na linguagem mímica, universal e inata) que, posteriormente, na medida em que se afastava da origem rude e procurava reverter a ordem de dominação da natureza, começou a passar para a linguagem oral. Da linguagem mímica e oral, foi-se dilatando o processo, com variações da linguagem mímica (a dança e outras formas de manifestação corporal) e da linguagem oral (música). A medida em que se intensificava o poder de abstração, o corpo foi sendo relegado a um segundo plano, intensificando-se a oralidade e a busca de uma linguagem coletiva, de modo a falar não mais das subjetividades, mas da comunidade.
Aparentemente a mímica teria sido bastante empregada no Teatro de Dioniso, em Atenas, onde atores à luz do dia, portando máscaras, encenariam para cerca de 10.000 pessoas (ou até mais, nos Festivais a Dioniso). Nessa época, a forma mais elaborada de mímica, a "hypothesis", era representada por atores que se concentravam mais na construção e desenvolvimento de suas personagens propriamente ditas. Com frequência, um único ator representava várias personagens. Com a queda do Império Romano, a Igreja Católica proibiu a mímica, fechou teatros. Mesmo assim a forma de arte sobreviveu.
Basicamente, existem dois grandes tipos de mímica: a literal e a abstrata, ou a combinação das duas. A mímica literal é mais usada na comédia e fala da história de um conflito, através do uso de uma personagem central. As ações e a aparência visual delineiam claramente a história para os espectadores. Já a mímica abstrata é usada geralmente para os sentimentos,