Linguagem matemática
( do texto ALÉM DA ALFABETIZAÇÃO – Teberosky e Tolchinsky)
Quando nos deparamos com frases como “eu não resolvi porque não entendi o exercício”, “entendi dessa forma”, “simplesmente, professor, juro que não entendi”, entre outras; na maioria dos casos tentamos justificar tal falta de compreensão, ao desinteresse ou desconhecimento do pré-requisito pelo aluno, como causas de tais descompassos escolares. Ou então, nos penitenciamos buscando guiar o aluno pelo caminho que os levará à compreensão do conceito matemático em questão, e, raras vezes nos questionamos acerca da possibilidade de estar havendo “falha de comunicação” no que se refere ao sentido dado às palavras e símbolos, assim como o contexto em que são usados, quando enunciam um problema. E seguindo esse raciocínio, ao aluno só é dado o direito, de modo geral, de dizer se entendeu ou não, e em caso negativo poucas vezes (em sala de aula), se investiga os “porqueres” desse não-entendimento.
Tomando como ponto de partida para uma superficial investigação das dificuldades