Linguagem Macunaima
A linguagem em Macunaíma é metafórica e postiça para a comunicação diária. No plano das aparências, esta primitividade é que adere a civilização urbana, mas no plano das intenções, Mário de Andrade satiriza a linguagem através de Macunáima, devido ao seu desajuste apresentando um propósito de colocar em ridículo a norma culta que não corresponde a realidade brasileira e sim à realidade Portuguesa.
No livro Macunaíma, encontramos a ausência de vírgulas, numa série enumerativa, normalmente se referindo às riquezas brasileiras. A ruptura da sintaxe e da pontuação que é uma característica do modernismo. Quando Mário de Andrade eliminou as vírgulas, ele estava usando o recurso do futurismo e ao mesmo tempo acrescentando a imaginação poética, que é a decodificadora das intenções poéticas, pois quem lê decodifica o pensamento.
História
Este romance é escrito depois da Semana de Arte Moderna e está dentro da história da Literatura Brasileira na 1ª geração modernista que caracteriza com a preocupação da ruptura, rejeição da herança do passado.
Na mitologia indígena, tudo se transforma em alguma coisa, pois a morte não é encarada com o desaparecimento total. Já o modernismo pregava a modernidade, a liberdade de expressão, contestação do passado, pois o passado é apenas uma simples imitação do que lhes foram impostas. Há também o aparecimento da antropofagia através do personagem, Piamã, comedor de gente.
Macunaíma é um romance nacionalista. Neste livro, a ausência de vírgulas e pontuação, é uma influência das vanguardas européias, causando efeito melódico e era o que pretendiam alcançar.
Mário de Andrade tentou explorar na Literatura uma idéia obsessiva, de modo que a superposição de 2 signos, formaria outro signo (música).
Nesta obra, apresenta o aspecto, do princípio que é o indianismo "Herói de nossa gente", semelhança com José de Alencar em Iracema.
O autor deixou indefinido o espaço e o tempo em que se passa a ação. A literatura moderna queria a