Linguagem: língua falada.
A preocupação com a linguagem falada e escrita da norma culta não é retratada apenas através de ditos recentes, é considerada tradicional. Tanto a língua escrita quanto a língua falada pertencem a um mesmo sistema lingüístico e destinam-se à interação verbal, possuindo um determinado fim comunicativo. Ambas apresentam-se sob variadas formas e gêneros textuais, que irão depender da situação sócio-comunicativa na qual o falante/escritor está inserido e de suas intenções. Há uns que se aproximam mais da fala, assim como há outros que se aproximam mais da escrita, não havendo, portanto, um padrão predeterminado entre elas. Contudo, convém destacar que a influência que a língua falada tem sob a “linguagem padrão” – culta – e sob a sua gramática tem se tornado cada vez maior e mais poderosa. Além da conversação convencional, esta ainda conta com a divulgação feita através de músicas, de tal forma que mesmo sabendo que existem erros gramaticais na letra elaborada pelo compositor, as pessoas passam a cantar “errado” somente para acompanhar o embalo musical. O projeto, em Lingüística Aplicada, de cunho processual e etnográfico, diagnosticou, através da analise de letras musicais, compostas por cantores de bandas da região em questão, variações lingüísticas, diferentes da norma culta padrão, devido a várias circunstâncias, inclusive da ausência de formação escolar e nível educacional técnico e/ou gradual.
O conhecimento do preconceito linguístico tratado por Marcos Bagno e William Labov, que discorrem em seus trabalhos sobre suas não concordâncias com as análises preconceituosas e desinformadas do português.
A ideologia que trata a norma culta como superior e presencial principalmente nas classes dominantes, classes essas que se consideram superiores por causa da dominância da gramática normativa, desprezando assim os demais dialetos como trata Labov no livro “linguagem e escola – uma perspectiva social”.
De acordo com Joaquim Mattoso, “A língua é o meio