Linguagem em Limite, de Mario Peixoto
CURSO DE JORNALISMO (NOTURNO)
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA: LÍNGUA E LITERATURA I
LIMITE – UMA LOUCURA
BAURU
2014
LIMITE – UMA LOUCURA
APROPRIAÇÃO MODERNISTA DE MARIO PEIXOTO E A POSIÇÃO DE SUA OBRA PRIMA NAS ARTES
Nós dedicamos esse trabalho ao nosso amigo e irmão Tales por ter ajudado nas pesquisas sobre o cinema modernista e ao Prof. Dr. Marcelo Bulhões pela ajuda com o tema ao apoio e estimulo e pela oportunidade de conhecermos essa obra-prima do cinema brasileiro.
"Limite. O encontro de três almas arruinadas pela vida, dentro do limite de um barco à deriva no mar. Duas mulheres, um homem, três destinos. Constantemente limitados em seus desejos e possibilidades, a vida os reúne afinal no mais limitado dos espaços. O filme é uma vasta cadência de desespero, angústia, de isolamento, de limitação. Todas as coisas têm ritmo neste filme. É o ritmo que, em cada sequência, define seus limites. O ritmo explica e interpreta ao longo do filme, marcando o início e o fim de cada aventura. É o ritmo que define os limites, os quais definem Limite." (Mario Peixoto)
Introdução
No presente estudo, nós procuramos demonstrar a relação existente entre o filme Limite do cineasta Mário Peixoto e o modernismo cinematográfico de escala mundial e nacional através de uma análise biográfica do autor e do contexto histórico de sua obra. O filme, ainda desconhecido por muitos no Brasil, surge como elemento de vanguarda tanto em termos de estética como de linguagem cinematográfica, sendo altamente influenciado por seus percussores de nível internacional. Mario Peixoto ao desenvolver sua história inova, ao simplificar os roteiros a fim de maximizar as emoções, usando de ferramenta a fotografia e o corte, auxiliado por Edgar Brazil,