Linguagem do Realismo
Introdução
O realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na segunda metade do século XIX. A característica principal deste movimento foi a abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da realidade do ser humano.
Possuía um forte caráter ideológico, marcado por uma linguagem política e de denúncia dos problemas sociais como, por exemplo, miséria, pobreza, exploração, corrupção entre outros. Com uma linguagem clara, os artistas e escritores realistas iam diretamente ao foco da questão, reagindo, desta forma, ao subjetivismo do romantismo.
Objetivos
Retrato fiel da Natureza.
Descrições e adjetivação objetivas, tentando captar o real como ele é.
Linguagem culta e direta.
Mulher não idealizada, mostrada com defeitos e qualidades.
Amor e outros sentimentos subordinados aos interesses sociais.
Casamento como instituição falida, contrato de interesses e convivências.
Herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas.
Narrativa lenta, acompanhando o tempo psicológico.
Personagens trabalhadas psicologicamente.
Universalismo.
III Problematização:
Ideologias do realismo:
Antissentimentalista, interessando-se pelo contemporâneo, pela realidade circundante e pela análise social.
Apoia-se em novas teorias filosóficas, como o Idealismo de Hegel, o Socialismo Utópico de Proudhon, o Determinismo de Taine, o Positivismo de Comte e Evolucionismo de Darwin.
Segue também o materialismo otimista, graças ao progresso técnico, que acusa a passividade do Homem e a sua crença nas forças sobrenaturais como causa de atraso.
Este pendor materialista explica duas preocupações fundamentais deste período literário: a observação dos fatos e a sua análise rigorosa.
Marcas sociais:
Riqueza de um núcleo de capitalistas.
Miséria social da maioria.
Realismo Arquitetura:
Os arquitetos e engenheiros procuravam responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização.
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