Linguagem de deus
As grandes questões da existência humana
CAPÍTULO 3
As origens do universo
Os esforços para compreender as origens do cosmo caracterizaram quase todas as religiões ao longo da história. Um dos desafios para atingir a harmonia entre a ciência e a fé.é o fato de que a ciência não é estática, ou seja, ela evolui e se corrige. Às vezes, surge um conjunto consistente de observações que conduz a uma nova estrutura de compreensão, aparecendo certas teorias, como: a teoria da gravidade, a teoria da relatividade ou a teoria dos germes. O confronto entre a ciência e a fé tem causado danos consideráveis tanto à ciência quanto à Igreja, principalmente se essa última se ligar a uma visão anterior das coisas e incorporar isso em seu sistema de crenças fundamentais. No início do século XX relevou que a maioria dos cientistas admitia um universo sem começo nem fim. Porém, apareceram formulações teóricas que propunham a alternativa de um universo que se iniciara em um momento particular e, expandira-se até seu estado atual. A teoria do Big Bang (a grande explosão), em que a maioria dos físicos e cosmólogos chegaram à conclusão de que o universo teve início em um único momento e isso aconteceu há cerca de 14 bilhões de anos atrás. A teoria do Big Bang pode ser comprovada pela proporção de determinados elementos ao longo do universo, em particular o hidrogênio, o deutério e o hélio. Os físicos concordam que o universo começou como um ponto de pura energia sem dimensões e de densidade infinita. No entanto, ficou uma pergunta até hoje sem resposta: é se o Big Bang teve como resultado um universo que vai se expandir para sempre ou se em algum ponto a gravitação vai prevalecer e as galáxias voltarão a recuar e a se agrupar, acarretando, no final, um “Big Crunch” (o contrário de Big Bang). Porém, as melhores evidências atualmente, prevêem um desaparecimento lento e gradual em vez de um colapso dramático. O Big Bang grita por uma explicação divina