Linguagem Como: Remédio e veneno
O filósofo grego Platão em um dos seus diálogos, Fedro, disse que a linguagem é um phármakon. Esta palavra grega, em português possui três sentidos: pode ser remédio, veneno ou cosmético, dependendo do modo como é empregada. Linguagem como Remédio: A linguagem tem a função de remédio quando através das palavras, nas suas mais diversas configurações, é capaz de auxiliar, esclarecer, confortar, ensinar e produzir relações saudáveis, de solidariedade, compreensão, sinceridade. Para Platão, no processo comunicativo o sujeito reconhece sua ignorância e aprende com os outros. Nesse sentido, a língua é o instrumento para que os indivíduos se construam como sujeitos do conhecimento, moral e ético, em decorrência, uma sociedade melhor.
Linguagem como Veneno:
A linguagem como veneno é aquela que possui um sentido depreciativo, negativista, destrutivo. Esse tipo de linguagem provoca o mal, destrói, prejudica. Por exemplo, fofocas, murmurações, calúnias, boatos, mentiras, palavrões, tem um poder de destruição incrível, geralmente, não contribuem em nada para a evolução dos indivíduos.
Outro perigo é a linguagem produzida por conclusões apressadas, antecipadas e subjetivas ou do tipo: “eu acho que”. Geralmente, esse tipo de linguagem, tende a produzir as injustiças. Quanto a esse tipo de linguagem é preciso muito cuidado, ninguém está isento. O remédio é uma atitude mais consciente, mais comprometida, que implica em pensar mais profundamente sobre um determinado assunto, repensá-lo, problematizá-lo, submetendo-o à dúvida, à crítica, à análise, buscando entender o verdadeiro significado.
É venenoso, também, quando a pessoa não entende o verdadeiro sentido do texto e se agarra à letra morta e não percebe a mensagem que está nas entre linhas. Se não entende o que lêem, prevalecem as conclusões equivocadas e as interpretações distorcidas.
Linguagem como Cosmético:
E por fim, a linguagem como cosmético é quando ela