lingua portuguesa
Em um mundo que rompe fronteiras, nota-se a necessidade do ser humano de identificar-se com um grupo, no qual o sentido de isolamento pertencente ao macro vá se diluindo e dê conforto aos indivíduos que mantém uma identidade cultural, uma tradição e uma história que lhes permita pertencer a esta nova realidade sendo sujeitos atuantes neste processo.
A sociedade globalizada é, por sua vez, instável; nela o sujeito-ator perde protagonismo e não encontra figuras emblemáticas com as quais se identificar, em companhia dos outros, além de beber as mesmas bebidas ou assistir aos mesmos filmes. Se compartilharmos cada vez menos significados, as comunidades de vida podem tender à fragmentação e a considerarem-se cada vez mais autônomas em relação umas às outras ficando como as únicas que resguardam seus membros da crise de sentido.
O homem é capaz de transformar a sociedade tendo como base a história de sua própria civilização, seu desenvolvimento, contradições e identidade cultural. Cabe à escola como instituição que produz e reproduz nossa sociedade, trazer para seu cotidiano o exercício de cidadania consciente em face de diversidade cultural.
Mudar mentalidades, superar o preconceito e combater atitudes discriminatórias são finalidades que envolvem lidar com valores de reconhecimento e respeito mútuo, o que é tarefa para a sociedade como um todo. A escola tem um papel crucial a desempenhar neste processo. Em primeiro lugar porque é espaço em que pode se dar à convivência entre crianças de origens e nível socioeconômico diferentes, com costumes e dogmas religiosos diferentes daqueles que cada um conhece, com visões de mundo diversas daquelas que compartilha em família. Em segundo, porque é um dos lugares onde são ensinadas as regras do espaço público para o convívio democrático com a diferença. Em terceiro lugar, porque a escola apresenta à criança conhecimentos sistematizados sobre o país e o mundo.
A sociedade comprometida com a luta pela escola