lingua padrao
Introdução
As línguas são um conjunto variado de formas linguísticas, cada uma tendo sua gramática, sua organização estrutural. Cientificamente, nenhuma forma linguística é melhor que outra, exceto se não a virmos como ciência, mas sim, tendo como critério o preconceito ou o gosto pessoal.
Porém, é certo que há uma diferenciação valorativa proveniente não da diferença de formas, mas do significado social que adquirem na sociedade. Costumamos medir nossas palavras? Porque o ouvinte julga além do que se diz, também quem diz, identificando assim, a classe social, a região, o ponto de vista, a escolaridade, a intenção..., ou seja, a linguagem é também um índice de poder.
Assim, este artigo procura mostrar como a língua padrão é privilegiada, ou seja, socialmente aceitável, de falar ou escrever.
Língua padrão: um "peixe ensaboado"?
A língua padrão na sua origem é a língua do poder político, econômico e social. Suas formas são asseguradas pelo processo social coercitivo agindo em várias direções. Uma delas é a própria escola que funciona para transmitir e conservar a língua "certa". Outra força é a dos próprios usuários da língua que lutam para alcançar a língua padrão porque sabem que não usá-las em certos contextos implica censura, discriminação e bloqueio à ascensão social.
Entretanto, se todos concordam com a existência e com as vantagens da língua padrão, pouca gente - se é que existe - é capaz de descrevê-la rigorosamente. Portanto a " língua padrão" é um peixe ensaboado!
Para que não haja “desespero", existem alguns aspectos que devem ser observados quando se fala em língua padrão:
a- A língua padrão não é uniforme, ela admite variações. Algumas delas são:
Variação geográfica - De uma região para outra, o padrão aceita diferenças de pronúncia, de vocabulário e de sintaxe. Porém, não são todas as variações que são aceitas. O grau de aceitação depende da importância social e econômica da região de origem.
Níveis de