Lingua escrita e lingua falada
A língua portuguesa contem duas modalidades, a escrita e a falada. As duas diferem na forma, na gramática e nos recursos expressivos. Na língua falada o significante é formado por fonemas, enquanto na escrita por signos gráficos, não havendo correspondência entre eles.
As dua línguas não marcam certos traços gramaticais igualmente, a gramática do portugês falado apresenta características específicas, como a presença em maior quantidade e frequência de gírias, uso de onomatopeias, anacolutos, frases inacabadas, evita certos tempos verbais, suprime certas construções, etc.
No decorrer de uma comunicação oral, os interlocutores estão em presença, num lugar e num tempo conhecidos por eles, trocam observações a respeito de um determinado assunto. Esta situação reflete-se na forma e no conteúdo da mensagem; à medida que os elementos constitutivos da situação são conhecidos, o vocabulário empregado refere-se a eles apenas por alusões (designa o receptor, o emissor, o lugar, o tempo, o assunto da comunicação), enquanto a língua escrita tem que ser menos econômica e fazer referências a esses termos, visto que o autor tem que causar um certo grau de imerção ao leitor para que o mesmo possa compreender as circunstâncias.
A língua falada possui recursos expressivos específicos: acentuação, entonação, pausas, fluência... A acentuação é o recurso que releva uma ou mais sílabas, e, juntamente com as pausas, determina a compreensão da mensagem por cortar a fala em grupos de sons identificáveis, podendo tambem auxiliar a enfatizar uma parte da fala atribuindo a essa parte um valor mais significativo.
Para traduzir uma mensagem oral para a forma escrita se emprega o estilo direto, que é um método que aproxima ao máximo as duas línguas. Porém pode-se tambem ser descrita a situação, as emoções e entonações dos personagens para criar maior imersão.
A língua escrita é menos "econômica" do que a língua falada. Ela dispõe de outro recurso para transcrever