Lingua brasileiras de sinais
Blender
Despertar para a vida
Na edição anterior abordamos os princípios básicos da modelagem 3D com o Blender. Nesta segunda e última parte do tutorial, faremos nosso personagem andar.
Por Peter Kreussel
A
arte de dar vida a personagens virtuais é chamada em inglês de “character animation”. Ela é o desenho animado do mundo dos bits e bytes. Quando se substitui o lápis pelo computador podemos notar claramente a diferença: as animações digitais conseguem reproduzir uma atmosfera bem mais realista. O Blender pode criar cenas de qualidade foto-realista, nas quais os objetos interagem de maneira independente, conservando os efeitos de luz e sombra corretos mesmo quando mudam de posição (figura 1). Esse é um efeito que não se costuma ver na animação tradicional, já que seus artistas são forçados a simplificar bastante o processo de luz e sombra, devido ao grande número de cenas individuais a serem desenhadas.
Cordas
O Blender dispõe de ferramentas poderosas para reproduzir movimentos de caminhada. Uma delas é a utilização de keyframes. Isso significa que não será
preciso se preocupar com cada uma das inúmeras cenas de uma seqüência. Determine apenas a posição de um objeto na primeira e na décima cena, por exemplo, e o programa desenvolve as cenas intermediárias automaticamente, economizando bastante mão-de-obra. Deixar objetos suspensos em rotação, mudando de cor e tamanho, pode ser um efeito interessante para a abertura de um telejornal. Mas isso não é animação gráfica propriamente dita. Nosso personagem não deve se deslocar com movimentos rígidos no espaço. As pernas devem se mover no transcorrer da cena e os joelhos devem se dobrar. Afinal, animação gráfica não é apenas rotacionar e deslocar objetos, mas transpor suas alterações para o espaço tridimensional. Por exemplo, ao dobrarmos um cabo, toda sua extensão é alterada. Fazendo uma comparação com a anatomia do corpo humano, a pele e músculos devem refletir os